Será que a cama compartilhada é segura para o bebê? Até que idade a criança pode dormir com os pais? Existem consequências para filhos que dormem com os pais? Se você tem essas e outras dúvidas sobre cama compartilhada, veja neste artigo um guia completo sobre o assunto.
A seguir, falarei sobre as vantagens e desvantagens de dormir com os filhos e contarei um pouco sobre a minha experiência com esse assunto. Sendo assim, confira o artigo até o final para entender a verdade sobre a cama compartilhada.
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Os filhos podem dormir com os pais?
Há uma discussão enorme sobre esse assunto. De um lado, especialistas falam sobre os benefícios para os bebês em dividir a cama com os pais. De outro, organizações alertam para os riscos que essa prática pode oferecer. Sendo assim, é importante deixar claro algumas considerações sobre esse tema.
- Dormir com os pais traz benefícios para o bebê e para a mãe: segundo James McKenna, há evidências de que a cama compartilhada auxilia no descanso da mãe e contribui para a amamentação do bebê. Os dados foram obtidos em um estudo realizado pela Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos.
- Dormir com os pais aumenta o risco de morte súbita: segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, há uma maior incidência de Síndrome de Morte Súbita do Lactente em bebês que dormem em cama compartilhada.
- Dormir com os pais aumenta o risco de sufocamento: diversos órgãos de saúde, estudos e revistas científicas, alertam para o risco de sufocamento de bebês por causa de lençóis, travesseiros e outros itens presentes na cama dos pais.
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7 mitos e verdades sobre a cama compartilhada
- A vida íntima do casal é minada por dormir com os filhos: MITO. Os pais não precisam ter a vida íntima apenas na cama e há momentos em que eles podem desfrutar da privacidade.
- Dormir com o bebê facilita nos cuidados noturnos: VERDADE. É muito mais fácil amamentar, trocar as fraldas e cuidar do bebê estando na mesma cama.
- Os bebês ficam mal-acostumados por dormir com os pais: DEPENDE. Cada criança é diferente, assim como os pais. O que determina isso é a criação de um modo geral.
- Os laços entre pais e filhos que dormem juntos é maior: MITO. O fortalecimento do laço afetivo não depende da cama compartilhada, mas sim de um conjunto de ações do dia a dia.
- Há riscos em fazer a cama compartilhada: VERDADE. Se não for feita com os devidos cuidados, há riscos de morte súbita, estrangulamento, sufocamento e até mesmo da criança cair da cama.
- É possível fazer cama compartilhada com segurança: VERDADE. Há formas de tornar a prática segura.
- É difícil tirar a criança da cama dos pais depois: VERDADE. Convencer a criança a dormir no próprio quarto é mais difícil, quando há adesão à cama compartilhada.
Quais são as vantagens e desvantagens da cama compartilhada?
Considerando tudo que foi mencionado até aqui, as principais vantagens é:
- Possibilidade de cuidar do bebê facilmente durante a noite
- Descanso maior para a mamãe nos primeiros meses;
- Possibilidade de vigiar melhor o bebê durante o sono;
- Amamentação mais fácil.
Já as desvantagens são:
- Apego, dos filhos e dos pais, em alguns casos;
- Riscos para a saúde do bebê, caso não seja feita com segurança;
- Dificuldade em convencer a criança a dormir sozinha no futuro.
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Como fazer cama compartilhada com segurança?
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a cama compartilhada não seja feita, pois há mais riscos do que benefícios para a saúde dos bebês. Contudo, a organização recomenda que os bebês durmam no mesmo quarto que os pais até os 6 meses de vida em um berço próprio. Assim é possível cuidar melhor do bebê, descansar e beneficiar a amamentação.
Sendo assim, a organização e outras instituições de saúde recomendam a utilização de berços que permitem fazer a cama compartilhada, desde que o bebê não seja colocado diretamente na cama dos pais. Além disso, é importante evitar travesseiros, cobertores, pelúcias e outras coisas volumosas que possam sufocar o bebê.
Meu relato
Bem, a cama compartilhada por aqui sempre existiu. Na verdade, antes de casar Luiz Miguel já dormia comigo, era uma cama de casal para nós dois, depois que desmontei o berço.
Assim que casei, ele passou a ter o quartinho montado para ele, foi um período de adaptação, acordava a noite ia para meu quarto, e eu voltava com ele para cama, deitava com ele até dormir. E assim conseguimos vencer esse processo.
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Já com a Laura está sendo bem mais difícil, até porque se for como a mãe…. vai demorar. Eu dormi com meus pais até uns 12/13 anos. Laura está indo pelo mesmo caminho, ela dorme coloco na cama dela, as 2h sempre, todos os dias ela vai para minha cama. E sinceramente, não tenho mais pique e animo para levantar e voltar com ela para cama dela. É tão automático, que ela mesmo sobe e deita no nosso meio. Ela sempre dormiu com a gente, então esse processo hoje é mais complicado.
Assim sigo, sem neura, até porque esse aconchego é muito bom. E você, faz cama compartilhada ou pretende fazer? Conte nos comentários sua experiência com esse tema.