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Amamentação Cruzada e seus perigos

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Amamentação

Amamentação Cruzada e seus perigos

Amamentação cruzada pode trazer diversos riscos ao bebê, podendo transmitir doenças, infecto-contagiosas, como exemplo a Aids a mais grave.
A amamentação cruzada é contraindicado pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Vamos esclarecer as principais dúvidas sobre o método e aconselhar o que a mãe deve fazer caso tenha algum problema para amamentar o filho.

Com a amamentação cruzada o bebê pode ser contaminado por uma doença infecto–contagiosa, como a Aids, doença crônica grave e ainda sem tratamento absoluto, sem cura. Por exemplo, se uma mãe tiver hepatite B em atividade, e doar leite a outro bebê, que não tenha ainda as doses da vacina suficientes (ou seja, não está totalmente imunizado), ela poderá passar a doença para a criança, através do leite materno, em caso de sangramento do mamilo  por trauma mamilar.

Quando a amamentação cruzada foi contraindicada?

A partir de 1985, a amamentação cruzada começou a ser contraindicada. Hoje, a contraindicação formal pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é para o HIV e o HTLV. Se a mãe tiver um desses dois vírus não poderá amamentar. Neste caso, o seu filho terá que ser alimentado conforme indicação do pediatra, conforme a idade que ele esteja.

 
 

O que a mãe deve fazer caso não consiga amamentar?

É muito importante em primeiro lugar procurar ajuda junto ao seu médico, pediatra ou a unidade onde teve o seu filho. Se não obter sucesso, procurar um Banco de Leite Humano (BLH). No Brasil  são 218 bancos de leite .

Qual a diferença do leite do banco de leite para o leite de outra pessoa?

O leite do Banco de Leite Humano é tratado, pasteurizado e, por isso, isento de qualquer possibilidade de transmissão de doenças. A mãe não deve amamentar outra criança que não seja o seu filho. Ela pode estar com tudo em dia, exames, ter tido uma gravidez tranquila, porém pode estar em uma janela imunológica, e esse bebê correr o risco de contrair alguma doença.

Quais são os outros benefícios da amamentação, além de evitar doenças?

O leite materno é uma substância viva, além disso adequada às fases de vida do bebê. A mãe de um prematuro, por exemplo, terá um leite específico para um bebê naquela faixa etária. Se o bebê estiver com   alguma infecção o leite materno vai produzir mais defesas para combater àquela infecção. O organismo da mulher entende que precisa liberar mais anticorpos, mais células, mais defesas, para proteger esses bebês e combater a infecção a qual está acometido.

Amamentação Cruzada

As vantagens do leite materno são inúmeras, tanto para a mãe quanto para o bebê. Além de unir mãe e filho, evita a introdução precoce, de alimentos alergênicos.

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O que fazer se estiver com dificuldade de amamentar?

É preciso procurar um profissional da área da saúde ou um banco de leite, pois a família ou a mãe sozinha provavelmente não dará conta. Mesmo que a mãe tenha tido uma gravidez anterior boa e uma amamentação também, não quer dizer que a atual será igual. Cada bebê é de um jeito.

Leite fraco, isso pode acontecer?

Não existe leite fraco, é mito, mas o que ocorre são momentos em que a mãe pode estar produzindo menos leite, por falta de estímulo adequado. Ainda pode ocorrer de o bebê estar mamando muito o leite anterior, ou seja, ele mama um pouco em um peito e logo troca de lado. Não esvaziar a mama, pode não saciar a criança, que fica sempre chorando e querendo mamar muitas vezes.  Isso deixa a nutriz angustiada e insegura. Desse modo, nunca chegará ao leite final, que tem maior teor de gordura, fazendo o bebê engordar e dá saciedade, possibilitando mais tempo entre uma mamada e outra. O leite anterior é ótimo, é necessário, mas tem um teor de calorias menor.

Amamentação Cruzada

Fonte: IFF/Fiocruz

7 Comentários
  1. Kelly Magalhães Disse:

    Excelente artigo. importante lembrar que eu só descobri que nós lactantes temos restrições alimentares quando levei minha filha em sua primeira consulta com o Pediatra dez dias após seu nascimento.(A primeira consulta acontece sempre após os sete, dez dias.

    Até então, tudo o que tinha pra comer, eu mandava pra dentro. Já que amamentar dá uma baita fome!

    Mas então o Pediatra de meus filhos me explicou que, alguns alimentos podiam fazer com que a cólica e os gases viessem com mais intensidade provocando mais dor e desconforto para o bebê.

    Parabéns seu artigo ficou ótimo, estou escrevendo sobre o assunto no meu blog, dá uma olhada lá sua opinião será muito importante. abraços

    1. Mayara Figueredo Disse:

      Que bacana, vou passar lá!

  2. […] Amamentação Cruzada e seus perigos […]

  3. Regina Dias Disse:

    Muito importante estas informações, pois infelizmente as pessoas às vezes acham que estão ajudando e não estão…

  4. Regina Dias Disse:

    Ótima postagem!!!! Tive muito leite e doava, mas o fazia para bancos de leite, que como você disse tratava o leite e fazia todos os exames antes de encaminhar para uma criança.

  5. Rafael Disse:

    Muito bacana, não sabia que existia essa prática de amamentação cruzada hoje em dia, já que na impossibilidade das mães darem leite existiam esses bancos. Que estas indicações cheguem a mais pais e mães novos 🙂

  6. Leandro Figueredo Disse:

    Ótima texto.
    Fico pensando como antigamente existiam a famosas “Ama de leite” que eram que alimentavam os pequenos filhos de fazendeiros e os seus próprios filhos.
    Quanta contaminação pode ter existido.
    Parabéns tema muito relevante.

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