Você estimulou o bebê?
Você estimulou o seu bebê o dia todo. Brincaram, saíram para passear, viram diversas novidades. A alimentação foi adequada e, no fim do dia, você seguiu o ritual noturno, mas parece que o sono não chega para o seu pequeno!
A ansiedade começa a surgir nele, levando a choros e gritos e, claro, ressoa em você, que quer ajudar, mas não sabe mais o que fazer. Saiba que ele pode, sim, estar sofrendo de insônia comportamental infantil!
Mas o que é essa insônia?
No caso dos pequenos, as causas podem variar e ter origens biológicas, mas, na maior parte dos casos, o problema é consequência de fatores comportamentais. A Classificação Internacional de Distúrbios de Sono aponta que, embora muitas crianças pequenas sofram de algumas questões pontuais ligadas ao sono, a insônia comportamental infantil se faz presente entre 10% a 30% da população. Se, em casos nos quais a causa da insônia são disfunções biológicas (por exemplo, adenoide, sintomas alérgicos, refluxo ou cólicas), o tratamento pode ser medicamentoso, no caso da insônia comportamental a “cura” envolve outros aspectos.
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Um dos pontos principais é adquirir um olhar focado na higiene do sono da criança, incluindo ambiente, iluminação, rotina antes de ir se deitar, pois tudo isso é fundamental para que a criança consiga dormir bem. A importância da higiene do sono ou da rotina pré-sono foi comprovada em um estudo realizado pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). A psicóloga Renatha El Rafihi Ferreira propôs uma intervenção comportamental com aconselhamento parental para avaliar os efeitos dos comportamentos e hábitos noturnos da família no sono da criança.
O estudo selecionou 62 crianças entre 1 e 5 anos, todas elas com dificuldade para adormecer. Antes do estudo, foram descartadas causas biológicas para a insônia. O grupo foi dividido em dois, o grupo controle e as crianças testadas. Os testes consistiam em estimular a rotina pré-sono da criança com atividades calmas e tranquilas, 30 minutos antes da hora de dormir. A intervenção incluía também a proibição de alimentos com cafeína no período noturno. Os pais foram orientados a levar a criança para a cama e se afastar, permitindo que eles dormissem sozinhos. O resultado foi avaliado por meio de pulseiras de actigrafia, aparelhos que calculam a atividade noturna. Os resultados mostraram que as crianças que passaram pelos testes apresentaram melhora no sono, dormindo mais rápido e acordando menos vezes durante a noite.
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Interessante, certo? Estabelecer uma rotina é algo essencial, e a higiene do sono deve estar presente em uma rotina saudável!!
Quero que me digam se possuem alguma dúvida referente a higiene do sono. Deixem nos comentários.
Texto escrito pela Psicóloga Amanda Pascoal