Retinoblastoma: Conheça quais as causas, sintomas e tratamentos da Retinoblastomia, doença que acomete filha de apresentador Tiago Leifert.
Recentemente, os internautas ficaram surpresos com a notícia de que Thiago Leifert estaria se afastando do seu trabalho como apresentador na emissora rede Globo, porque sua filha de apenas 1 ano e três meses, Lua, havia sido diagnosticada com Retinoblastomia, um câncer raro que acomete crianças até 5 anos de idade.
Em entrevista recente junto com sua esposa, Daiana Garbin, para o programa de televisão ‘Fantástico’, o ex-apresentador do reality ‘BBB’, revelou a doença de sua filha, falando sobre o diagnóstico, seus sentimentos e a importância de os pais ficarem ainda mais atentos a possíveis sinais que aparecem no início da doença, a fim de ajudar a diagnosticar e iniciar o tratamento precocemente.
Na entrevista que foi ao ar dia 29 de fevereiro, Tiago Leifert revelou que ‘não tinha a menor condição de continuar o trabalho’.
Confira a seguir o que é Retinoblastoma, quais as suas causas e tratamentos:
O que é Retinobastoma? Doença que acometeu filha de apresentador Tiago Leifert:
O Retinoblastoma é um câncer ocular raro que afeta principalmente crianças pequenas até os 5 anos de idade, embora também apareça ocasionalmente em adultos. A doença pode ser identificada logo nos primeiros meses de vida. Como é o caso do menino Lucas, hoje com 6 anos de idade, que foi diagnosticado aos 4 meses de vida, de acordo com entrevista do G1.
É um tumor maligno que danifica o tecido nervoso da retina, que é responsável por detectar a luz de fora e enviar a informação ao cérebro para que ele possa interpretá-la como imagens, o que pode causar perda de visão.
Existem vários tipos de Retinoblastoma, bem como procedimentos para tratá-lo, mas a verdade é que mais de 90% das pessoas afetadas por esse tumor o superam. Para esse tipo de câncer não há cura, mas o acompanhamento e tratamento contínuo contribuem para que o paciente leve uma vida tranquila.
Quais as causas e sintomas do Retinoblastoma?
Este tipo de câncer pode ocorrer em um ou ambos os olhos, e é comum que o paciente seja diagnosticado por volta dos 18 meses de idade (1 ano e 6 meses), embora se for um Retinoblastoma unilateral pode não ocorrer até os 2 anos de idade. No entanto, também é possível que se desenvolva durante a fase de gestação do feto e seja diagnosticado logo nos primeiros meses de vida.
O Retinoblastoma ocorre quando ocorrem mutações genéticas nas células nervosas da retina. Essas mutações fazem com que as células continuem se multiplicando e não morram (o que acontece com células saudáveis), de modo que o acúmulo de células forma um tumor. Além disso, se ocorrer metástase, ela pode se espalhar para outras partes do corpo, como a coluna e o cérebro.
As causas das mutações genéticas que levam ao aparecimento deste tipo de câncer não são claras. No entanto, existe um componente hereditário: os filhos de pessoas com Retinoblastoma têm 50% de chance de contraí-lo.
Os sintomas mais comuns deste tumor são:
- Leucocoria (a pupila fica branca ou tem manchas brancas).
- Estrabismo ou desvio de um dos olhos.
- Visão dupla.
- Perda de visão.
- Vermelhidão na pupila.
- Dor nos olhos.
- Íris de cores diferentes.
- Aumento da pupila do olho afetado.
- Dor óssea se houver disseminação de Retinoblastoma.
Que tipos de Retinoblastoma existem?
Quando se trata de classificar esse tipo de câncer, existem várias maneiras de fazê-lo:
Dependendo da sua localização
- Intraocular: encontrado apenas dentro do olho.
- Extraocular: se espalhou para órgãos e tecidos próximos.
- Bilateral: afeta ambos os olhos.
- Unilateral: afeta apenas um dos olhos.
Dependendo do seu estágio:
- Estágio I: encontrado apenas na retina.
- Estágio II: está espalhado por todo o globo ocular.
- Estágio III: atingiu os tecidos próximos ao olho.
- Estágio IV: se espalhou para outras áreas do corpo, como o cérebro ou os gânglios linfáticos.
- Estágio V: É improvável que o olho afetado possa ser salvo.
Qual é o tratamento Retinoblastomia?
A escolha do tratamento será determinada por vários fatores (idade do paciente, unilateral ou bilateral, qual parte do olho é afetada, etc.). No entanto, as opções que existem para tratar o Retinoblastoma são:
Enucleação: trata-se de extrair o globo ocular, por isso é aplicado em pacientes que possuem apenas um dos olhos acometidos e o tumor ocupa mais da metade do olho e já se espalhou para outras estruturas. Este tratamento também é escolhido quando ocorre o descolamento de retina e o crescimento de novos vasos na íris.
Termoterapia transpupilar: Este tratamento usa energia laser e luz infravermelha para aplicar calor às células afetadas e vasos sanguíneos próximos para destruir o tecido danificado.
Fotocoagulação: é uma cirurgia ocular que tenta destruir estruturas anormais na retina e é aplicada em tumores com menos de 3 mm de diâmetro e 2 mm de espessura e que não afetaram o disco óptico.
Crioterapia: também para tumores pequenos (menos de 3 mm de diâmetro e 2 mm de espessura) e que utiliza o frio para tentar eliminá-los.
Radioterapia local: quando o tamanho do Retinoblastoma é maior que 16 mm, utiliza-se este tratamento, com o qual a radioterapia é aplicada localmente no olho.
Radioterapia externa: este tratamento, também para tumores maiores que 16 mm, é aplicado quando o retinoblastoma acomete ambos os olhos e a radioterapia local não pode ser escolhida.
Como mencionado anteriormente, mais de 90% dos pacientes superam esse tumor. No entanto, um diagnóstico precoce é fundamental para isso, por isso é importante acompanhar com cuidado o desenvolvimento da criança. Da mesma forma, ir ao oftalmologista assim que algum dos sintomas mencionados aparecerem pode evitar problemas mais graves.
Os exames precoces são essenciais para iniciar imediatamente o tratamento antes que o Retinoblastoma cause graves consequências. Além disso, com o diagnóstico, o médico poderá indicar o tratamento adequado.
Lembrando que, Retinoblastomia não tem cura, mas é possível ter uma qualidade de vida satisfatória ao realizar os acompanhamentos e tratamentos necessários de forma contínua ao longo da vida.
Fonte:
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-infantojuvenil
http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=4805